Câmara vota cumprimento da Lei do Aprendiz como critério para contratação

por Marcio Silva — publicado 25/09/2020 16h53, última modificação 25/09/2020 16h53
Exigência às empresas deverá constar nos editais de licitação do município de Curitiba
Câmara vota cumprimento da Lei do Aprendiz como critério para contratação

Estudo mostra que, em 2018, 56% das vagas de aprendiz não estavam ocupadas em Curitiba. (Foto: Silvio Turra/SEED)

Em sessão remota na próxima terça-feira (29), a Câmara de Curitiba analisa projeto de lei que estabelece como critério para contratação de empresas - por parte da administração municipal - a comprovação de que o percentual mínimo de aprendizes exigido pela lei 10.097/2000 [Lei do Aprendiz] é cumprido. Segundo a proposta (005.00032.2018), a exigência às empresas deverá constar nos editais de licitação para a compra de bens, contratação de obras ou para prestação de serviços.

A Lei do Aprendiz prevê que empresas de médio e grande porte devem ter de 5% a 15% do seu quadro de colaboradores composto por aprendizes, entre 14 e 24 anos de idade. O percentual é calculado sobre o total de empregados cujas funções demandem formação profissional. Em junho de 2018, foi realizada na CMC uma audiência pública para tratar deste tema e foi revelado que, das 16.446 vagas existentes para a contratação de jovens aprendizes na capital, à época, apenas 44% estavam preenchidas.

A proposta é assinada pelos vereadores Felipe Braga Côrtes – atualmente licenciado da CMC - e Professor Euler, ambos do PSD. Além desta matéria, o plenário deve decidir sobre outras 10 proposições: 5 delas que estavam na pauta para primeira votação na véspera (veja logo abaixo); e outras 5 em primeiro turno. A sessão plenária inicia às 9h e terá transmissão online pelo canal do Legislativo no YouTube.

Outros projetos
Também será apreciado o projeto que pretende instituir no calendário oficial de eventos o Maio Azul e Verde, para conscientização e apoio à pessoa com neurofibromatose – distúrbios genéticos que ocasionam tumores no sistema nervoso e na pele, principalmente. Autor da proposição, o vereador Cacá Pereira (Patriota) sugere a realização de campanhas e outras ações educativas, em parceria com a iniciativa privada e entidades da sociedade civil (005.00140.2019).

Ainda na pauta projeto de Professora Josete (PT) que concede o título de cidadania honorária de Curitiba à líder religiosa Iyagunã Dalzira Maria Aparecida, que é Iyalorixá do Candomblé, graduada em Relações Internacionais, mestre e doutoranda na área de educação (006.00025.2019). Por iniciativa de Tito Zeglin (PDT), os vereadores votam projeto que denomina logradouro público em homenagem a Mustaphá Lemes, comerciante falecido em 2016, aos 81 anos, e que atuava como voluntário na Igreja Católica (009.00037.2019).

Dois projetos que declaram utilidade pública fecham a pauta de terça-feira. O primeiro é de Maria Manfron (PP) e reconhece o trabalho da Associação Educar para a Paz (014.00006.2020). O segundo é de Sabino Picolo (DEM) e declara utilidade pública ao Instituto Científico e Tecnológico de Agronegócios (014.00013.2020).

Segunda votação
Retornam à pauta na terça-feira para confirmação do plenário, caso sejam aprovados em primeiro turno na segunda (28), cinco projetos de lei. Entre eles, o que obriga os cinemas da cidade a, pelo menos uma vez por mês, realizarem sessão para exibição de filmes a crianças autistas. A iniciativa (005.00058.2019), chamada de Sessão Azul, é do vereador Rogério Campos (PSD).

Na sequência, projeto da Prefeitura de Curitiba (005.00230.2019) que extingue o Fundo Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Fumsan) e, de autoria da Comissão Executiva da CMC, projeto de resolução que atualiza a avaliação funcional dos servidores do Legislativo (004.00005.2020). Também a proposta de Maria Leticia (PV), que cria a “Semana da Mobilidade Ativa”, de 16 a 22 de setembro (005.00039.2020); e o de Tico Kuzma (Pros), que homenageia com a denominação de logradouro Mariazinha Zonta Bozza (009.00008.2020).

Restrições eleitorais
A cobertura jornalística dos atos públicos do Legislativo será mantida, objetivando a transparência e o serviço útil de relevância à sociedade. Também continua normalmente a transmissão das sessões plenárias e reuniões de comissões pelas mídias sociais oficias do Legislativo (YouTubeFacebook e Twitter). Entretanto, citações, pronunciamentos e imagens dos parlamentares serão controlados editorialmente até as eleições, adiadas para o dia 15 de novembro de 2020, em razão da pandemia do novo coronavírus.

Em respeito à legislação eleitoral, não serão divulgadas informações que possam caracterizar uso promocional de candidato, fotografias individuais dos parlamentares e declarações relacionadas aos partidos políticos. As referências nominais aos vereadores serão reduzidas ao mínimo razoável, de forma a evitar somente a descaracterização do debate legislativo (leia mais).