Sugerido atendimento psicológico gratuito a profissionais da saúde

por Isabela Miranda, estudante de Jornalismo, especial para a CMC. — publicado 20/05/2020 17h40, última modificação 11/08/2020 12h00
Colaboradores: Supervisão do estágio e revisão do texto: Filipi Oliveira
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba.
Ideia é que a Secretaria de Saúde faça adesão ao sistema OrienteMe.
Sugerido atendimento psicológico gratuito a profissionais da saúde

Onze sugestões feitas pelos vereadores da CMC seguem para o Poder Executivo para serem analisadas pelo prefeito Rafael Greca. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

Os 11 requerimentos de indicações ao Executivo, votados nas sessões plenárias de terça-feira (19) e quarta-feira (20), foram aprovados por unanimidade pelo plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Entre as sugestões está a do vereador Professor Euler (PSD) de aderir gratuitamente, através da Secretaria de Saúde, ao sistema OrienteMe, que fornece atendimento psicológico para profissionais da saúde e demais trabalhadores que façam parte da linha de frente no combate à Covid-19 (203.00151.2020). 

As consultas são realizadas a qualquer momento através de chamadas de vídeo ou de mensagens por aplicativo. “Alguns psicólogos fazem o atendimento a médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde que estão vivendo sob pressão nesse momento no combate à Covid”, disse Euler. 

Bruno Pessuti (Pode) indicou ao executivo que motoristas de aplicativo possam estacionar sem precisar pagar o EstaR durante o período de pandemia (203.00153.2020). A sugestão do vereador, segundo ele, não é para criação de vagas específicas para estes motoristas: “não seria o caso, [pois] os motoristas de aplicativo não querem permanentemente em vaga de EstaR porquê entendem a necessidade da rotatividade dessas vagas”. 

Segundo o vereador, os motoristas tiveram redução na demanda de corridas por causa da crise do novo coronavírus, e, por isso, não podem “ficar gastando combustível rodando pela cidade pois não encontram vaga de estacionamento, principalmente na região central, que não sejam de EstaR”.

Outra indicação acatada pelo plenário é da vereadora Maria Manfron (PP) para que o Executivo estude a possibilidade do uso de termômetros infravermelhos nos estabelecimentos comerciais da capital (203.00145.2020). A vereadora explica que com a abertura dos comércios, o dispositivo pode ajudar na prevenção da propagação do vírus. “É um artifício que com certeza ajudará muito a proteger o cidadão, as pessoas e também o comércio”, justifica.

Ela explicou que havia protocolado a proposta como projeto de lei, mas retirou, segundo ela, por ter conversado com farmacêuticos e comerciantes e pelo termômetro estar em falta e com preço de compra mais alto (005.00059.2020). Ela também levou em consideração a dificuldade econômica que os comerciantes estão tendo em razão da pandemia do coronavírus e que, segundo Maria, esse momento deve ser respeitado. 

Através de indicações da vereadora Julieta Reis (DEM), foram encaminhadas à Prefeitura duas sugestões para que os artesãos licenciados pelo município e credenciados do Mercado Central da Matriz, localizado na Praça Rui Barbosa, possam ter acesso ao Armazém da Família (203.00149.2020 e 203.00150.2020). Segundo a vereadora, o objetivo do requerimento é que para os credenciados possam “usufruir do Armazém da Família e, pelo menos, ter alimentação em um preço mais adequado”. 

A sugestão da vereadora Maria Leticia (PV) é para a criação de paraciclos e bicicletários públicos. Ela explica que a diferença entre os dois é que o paraciclo é apenas um suporte que garante mais segurança para estacionar a bicicleta. Já o bicicletário é uma estrutura maior que pode abrigar o veículo por mais tempo, tem cobertura e traz mais conforto ao ciclista, sugerindo também uma pia e um banheiro (203.00152.2020). “De certa forma, vai permitir que a gente avalie inclusive o fluxo de ciclistas na cidade, para entender como eles circulam, quais as ruas principais e até para o próprio plano cicloviário de Curitiba”, defendeu.

Outros assuntos
Das 11 sugestões aprovadas pelo plenário, 4 não têm relação direta com a pandemia. Três reciclagens de asfalto foram indicadas pelo vereador Jairo Marcelino (PSD), para a avenida Anita Garibaldi, no trecho entre Terminal da Barreirinha e o bairro Cachoeira; a rua Holanda, entre a avenida Paraná e rua Simão Mansur; e a rua Leonardo Cobbe, entre a avenida Anita Garibaldi e rua Carmelina Cavassim (203.00146.2020203.00147.2020 e 203.00148.2020). 

Marcelino também sugeriu que seja aplicada a isonomia de outorga ao serviço de táxi, transporte escolar e de fretamento devidamente regulamentados pela Urbs (203.00144.2020). Na sessão de quarta, a sugestão do vereador é para que seja alterada a redação da lei municipal 13.957/2012, que trata das normas dos serviços de táxi. A vereadora Noemia Rocha (MDB) pediu que o vereador esclarecesse a indicação. Marcelino justificou que a lei estabelece, no artigo 14, que “será beneficiado o taxista com maior tempo de serviço para que ele tenha direito à uma placa”. 

Segundo ele, a última vez foram liberadas 750 placas e taxistas com mais tempo de serviço poderiam pegá-las, desde que não houvessem sido autorizatários antigamente. Marcelino explicou que cerca de 2 mil pessoas tinham feito transferência para outras pessoas, e pelo tempo de registro na Urbs, teriam direito a pegar outra placa, e os que nunca tiveram não poderiam. O objetivo é que, com a queda de, segundo ele, 70% nos serviços de táxi na atual situação, os motoristas antigos possam retornar a suas atividades (201.00032.2020).